sexta-feira, 28 de agosto de 2009

VIVA o que ta ai!

Chega de tanto coração desenhado em folha de papel marchê, razões que nem a razão consegue descreve, tchuqui-tchuqui do mundo da telona. O passeio não é conto de fadas quando se tem tantos catadores de lata e você a dançar ao som de Jackie Mittoo. Não digo pra se jogar num quarto pintado de preto, velas escondidas nos cantos numa cama suja de trevas. Nessa interpérie de diamantina, mundo dos ladrões de alegria, surro o bolso que guarda a carteira, me falta nexo onde sobra arte de artilharia, quero sair na rua gritando "não mais o mesmo, porra!". Reformar o já encrustrado na parede de casa de avó, pintar as fotos em preto e branco, explodir um banco.

O sensível para por aqui, o animal catarra mas eu só explico, a coisa foi o seguinte: Ela é atriz daquelas de matriz, verniz de estrela de sereia. Ela é daquelas do tipo ovelhas que assistem novela. Que se envolvem em micareta. Que casa sem experteza. Do tipo que eu não olharia, e foi o que eu fiz, e pra variar foi o que a prendeu, malditas mulheres histéricas. "por que será que ele não me quer, ah ele tem que me querer", o ego não espera, quer saber. Ela me ouviu falar como um certo ar de requinte, garota estudada que não sabe se existe mamute, ilustre sabedoria ancestral. Pura diabeza em sua beleza angelical, dada ao trabalho de se doar. Chegamos juntos na festa de primeira comarca, casarão patriarcal e em dadas circunstâncias nada como uma boa cachaça envelhecida... Falei um blá blá blá que não é postiço, muda de endereço e de compromisso, nada mais que um how you doin baibe que mestre Joey da montanha sagrada de Friends ensinou. E embora minha consciência acusasse as formas se movimentarem ao redor disformemente, ainda suprimia com cara de santo a espantosa embriaguez atomica, pena é artigo de trabalho pra hippie fazer colar. Com olhar de atenção randômica presenciei o que era um corpo esculturalmente objetal de telenovela, seria só isso? Seria o que aparece, afirmativamente lhe conto nobre telespectador da Rede Bobo: tesuda! De repente a musa representou o papel de Rita Cadilac, plaft, tic tac, ai, o tempo passou e que poupança Bamerindos meus amigos. Era só o que era e eu não me aflinjo. Também não reclamo, mostro que o encanto está no momento de privacidade do sorriso de canto, não serviu, divertiu, não foi como queria, vamo nessa, mas foi bom o que rolou naquele banheiro de lavanderia.

HAAAAA minha invalidez normativa está acusando graus altos de insanidez ácida para aquelas mentes tidas típicas apáticas... se você leu aquele abraço.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Se um dia meu amor por vc se acabar, por vc novamente me apaixonarei, e se novamente acabar, novamente tornarei a me apaixonar por vc...
e assim eternamente.

ti amo.

o mundo realmente e uma floresta de pensamentos destorcidos, embaralhados, misturados.
apenas siga seus sentimentos, deixe um pouco a cabeça de lado!!!!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Ééééééé Meeeennnn...

existem diversas formas de fazer as coisas na vida... milhares de formas de aprender... e de reagir...de viver e de submergir em pensamentos melancólicos.
A melhor forma de encarar a vida de todas que eu achei até o momento dito agora foi acreditar. Acreditar que tudo e qualquer mísera partícula do nada compõe o tudo e tem um propósito mesmo que nossa humilde razão não consiga ver, ouvir, somar ou multiplicar. Nas minhas entrelinhas, está dito que nas escritas tortas estão retas as linhas e viver é escrever símbolos que não se apagam a não ser pelo tempo. O que é fmz fazer é expandir o horizonte do pensamento, pensar como levando em conta o elemento que somos um corpo, com milhões de células em funcionamento para nos deixar alerta e em viva atenção para compreender que temos milhões de células em funcionamento para nos deixar em alerta e em viva atenção, e os átomos que compõe isso, e etc. Nosso entendimento do que é o mundo muda, de quem somos renova-se, e do mendigo ao buda todos tem um valor seja qual for.

A selva pode ta concretada lá fora mas não asfixiará de fumaça o morador de um mundo livre sem barreiras dentro de sua cabeça. Fazer o que quer nesse sentido é mais do que animal, é vital. É poder compreender e direcionar a interpretação do mundo selvagem lá fora, e pra isso ninguém melhor que um cara doidão chamado Sócrates para dizer certeiro: Conhece-te a ti mesmo.
Por isso...
Escolha: ser um médico ou um paciente.

Abraços alucinados barbitúricos que estão fazendo efeito nas cabeças dinossauros pelo mundo afora.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

pensamentos escritos 01

como posso ser tao egoista ao ponto de magoar a pessoa a qual eu amo!
egoismo que só vejo agora, podendo ser tarde de mais.
minha vida anda de pernas pro ar, uma bagunça que nao consigo organizar...
meus pensamentos se enroscam, embaração uns aos outros destorcendo tudo o que eu enxergava tao claramente.
sinto que estou meio sem sentido, distante do tao almejado objetivo, o amor ao proximo.
amor que venho desenvolvendo ao longo de encantadores e apaixonados um ano e nove meses...

um amor que jamais imaginei sentir, algo que somente e unicamente eu sinto de uma forma inexplicavel.

agora um pouco do outro lado...

um amor grandioso, cheio de desafios e romance, um amor inteço e apaixonado.
pena que o encanto seja quebrado a curtos periodos de tempo por minha esdrúxula e desengonsada pessoa.
pessoa a qual tem as melhores das inteçoes, masnem sempre as melhores açoes...
tenho dentro de mim um sentimento mortal de culpa, culpa por ter magoado a pessoa que eu mais amo, a pessoa adoravel do mundo. a menina mais doce, carinhosa, romantica, apaixonada, encantadora, viva e cheia de vontade que ja conheci em toda minha curta vida.

tenho que organizar meus pensamentos, meus objetivos...
afinal de contas, é disso que a vida é feita, conquistas e derrotas, reviravoltas e recomeços.


me sinto a pior pessoa do mundo.
.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Viiiida louuuca Vida, Vida breve...

Aoooo Vida viu!!!!!

as coisas vao acontecendo, a vida vai passando, e eu continuo vivo...!

depois de um grave acidente de carro, a gente aprende algumas coisas.

a primeira é que realmente alcool e direção nao combinam.

a segunda é que a pressa é totalmente inimiga da perfeição.

a terceira é que "puliçia" breaco e arma do no transito só faz bosta!



todas as coisa que acontecem nesse nossa misera vida sao para nosso aprendizado, e graças ao bondoso deus que nos guia e rege as lei desse universo imenso foi muito generoso comigo e com as todas pessoas que estavam envolvidas no acidente.



e verdadeiramente só aprendemos quando passamos por situaçoes dificeis...

ver toda aquela desgraça, meu carro destruido, um cara muito loco vindo com uma automatica apontada pra minha cara, minha irma cheia de sangue no banco traseiro do meu carro...

e eu totalmente desorientado...

procurando um meio de resolver tudo aquilo e nao se dar mal...

tipo se dar mal no sentido de nao perder mais do que ja foi perdido.



que vida maluca...

essa selva de pedras, o homem ja nao aguenta mais ela, todo esse stress, essa correria cotidiana...

puta merda...que locura...e oq faço da minha vida agora? vou para a igreja? me junto a deus e me torno um servo fiel aos seu mandamentos?
nao sei oq fazer...
to meio confuso com as coisas ainda...
tenho que arrumar um geito de resolver isso...
minha cabeça roda, os pensamentos se divergem...
e as coisas ficam mais confusas ainda...

mas eu sei que tudo isso vai passar, que tudo vai ser resolvido...
muito foi aprendido.
muitas coisas mudaram de ordem, outras prioridades foram aceitas. outras realidades foram mostradas...e agora só me resta esperar e ver oq vai acontecer!

é isso ae gente, boa sorte pra mim!

e adon seu cafagente ve se nao deixa isso aqui as traças!
elas comem de tudo hoje em dia!!!!
UAHsuAHsuhaushaUsha!!!!!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Continuando...

.
O
DESCONHECIDO
É um divertimento agradável.
MACÁRIO
Nem mais nem menos que cuspir num poço, matar moscas, ou olhar para a fumaça de um cachimbo A minha mala (Chega à janela). Ó mulher da casa! olá! o de casa!

UMAVOZ (de fora)
Senhor!

MACÁRIO
Desate a mala de meu burro e traga-m'a aqui .
A VOZ
O burro?
MACÁRIO
A mala, burro!
A VOZ
A mala com o burro?
MACÁRIO
Amarra a mala nas tuas costas e amarra o burro na cerca.
A VOZ
O senhor é o moço que chegou primeiro?
MACÁRIO
Sim. Mas vai ver o burro.
A VOZ
Um moço que parece estudante?
MACÁRIO
Sim. Mas anda com a mala.
A VOZ
Mas como hei-de ir buscar a mala? Quer que vá a pé?
MACÁRIO
Esse diabo é doido! Vai a pé, ou monta numa vassoura como tua mãe!
A VOZ
Descanse, moço. O burro há-de aparecer. Quando madrugar iremos procurar.
OUTRA VOZ
Havia de ir pelo caminho do Nhô Quito. Eu conheço o burro…
MACÁRI O
E minha mala?
A VOZ
Não vê? Está chovendo a potes!...
MACÁRIO (fecha a janela).
Malditos! (Atira com ama cadeira
no chão).
O DESCONHECIDO
Que tendes, companheiro?
MACÁRIO
Não vedes? O burro fugiu. . .
O DESCONHECIDO
Não será quebrando cadeiras que o chamareis..
MACÁRIO
Porém a raiva...
O DESCONHECIDO
Bebei mais um copo de Madeira. (Bebem). Levais de certo alguma preciosidade na mala? (Sorri-se).
MACÁRIO
Sim . . .
O DESCONHECIDO
Dinheiro?
MACÁRIO
Não, mas...
O DESCONHECIDO
A coleção completa de vossas cartas de namoro, algum poema em borrão, alguma carta de recomendação?
MACÁRIO
Nem isso, nem aquilo. . . Levo. ..
O DESCONHECIDO
A mala não pareceu-me muito cheia. Senti alguma coisa sacolejar dentro. Alguma garrafa de vinho?
MACÁRIO
Não! não! mil vezes não! Não concebeis, uma perda imensa, irreparável... era o meu cachimbo ..
O DESCONHECIDO
Fumais?
MACÁRIO
Perguntai de que serve o tinteiro sem tinta, a viola sem cordas, o: copo sem vinho, a noite sem mulher -- não me pergunteis se fumo!
O DESCONHECTDO ( Dá-lhe um cachimbo. )
Eis aí um cachimbo primoroso. É de pura escuma do mar. O tubo é de pau de cereja. O bocal é de âmbar.
MACÁRIO
Bofé! Uma Sultana o fumaria! E fumo?
O DESCONHECIDO
É uma invenção nova. Dispensa-o. Acendei-o na vela. (Macário acende).
MACÁRIO
E vós?
O DESCONHECIDO
Não vos importeis comigo. (Tira outro cachimbo e fuma)
MACÁRIO
Sois um perfeito companheiro de viagem. Vosso nome?
O DESCONHECIDO
Perguntei-vos o vosso?
MACÁRIO
O caso é que é preciso que eu pergunte primeiro. Pois eu sou um estudante. Vadio ou estudioso, talentoso ou estúpido, pouco importa. Duas palavras só: amo o fumo e odeio o Direito Romano. Amo as mulheres e odeio o romantismo.
O DESCONHECIDO
Tocai! Sois um digno rapaz. (Apertam a mão).
MACÁRIO
Gosto mais de uma garrafa de vinho que de um poema, mais de um beijo que do soneto mais harmonioso. Quanto ao canto dos passarinhas, ao luar sonolento, às noites límpidas, acho isso sumamente insípido. Os passarinhos sabem só uma cantiga. O luar é sempre o mesmo. Esse mundo é monótono a fazer morrer de sono.
O DESCONHECIDO
E a poesia?
MACÁRIO
Enquanto era a moeda de oiro que corria só pela mão do rico, ia muito bem. Hoje trocou-se em moeda de cobre; não há mendigo, nem caixeiro de taverna que não tenha esse vintem azinhavrado. Entendeis-me?
O DESCONHECIDO
Entendo. A poesia, de popular tornou-se vulgar e comum. Antigamente faziam-na para o povo; hoje o povo a faz para ninguém .
MACÁRIO ( bebe )
Eu vos dizia pois Onde tínhamos ficado?
O DESCONHECIDO
Não sei. Parece-me que falávamos sobre o Papa.
MACÁRIO
Não sei: creio que o vosso vinho subiu-me à cabeça. Puah! vosso cachimbo tem sarro que tresanda!
O DESCONHECIDO
Sois triste, moço... Palavra que eu desejaria ver essa poesia vossa.
MACÁRIO
Por quê?
O DESCONHECIDO
Porque havia ser alegre como Arlequim assistindo a seu enterro...
MACÁRIO
Poesias a quê?
O DESCONHECIDO
À luz, ao céu, ao mar. ..
MACÁRIO
mar é uma coisa soberanamente insípida. . . O enjôo é tudo quanto há mais prosaico. Sou daqueles de quem fala o corsário de Byron "whose soul would sicken o'er the heaving wave".
O DESCONHECIDO
E enjoais a bordo?
MACÁRIO
É a única semelhança que tenho com D. Juan.
O DESCONHECIDO
Modéstia!
MACÁRIO
Pergunta à taverneira se apertei-lhe o cotovelo, pisquei-lhe o olho, ou pus-lhe a mão nas tetas
O DESCONHECIDO
Um dragão!
MACÁRIO
Uma mulher! Todas elas são assim. As que não são assim por fora o são por dentro. Algumas em falta de cabelos na cabeça os têm no coração. As mulheres são como as espadas, às vezes a bainha é de oiro e de esmalte e a folha é ferrugenta.
O DESCONHECIDO
Falas como um descrido, como um saciado! E contudo ainda tens os beiços de criança! Quantos seios de mulher beijaste além do seio de tua ama de leite? Quantos lábios além dos de tua irmã?
MACÁRIO
A vagabunda que dorme nas ruas, a mulher que se vende corpo e alma, porque sua alma é tão desbotada como seu corpo, te digam minhas noites. Talvez muita virgem tenha suspirado por mim! Talvez agora mesmo alguma donzela se ajoelhe na cama e reze por mim!
O DESCONHECIDO
Na verdade és belo. Que idade tens?
MACÁRIO
Vinte anos. Mas meu peito tem batido nesses vinte anos tantas vezes como o de um outro homem em quarenta.
O DESCONHECIDO
E amaste muito?
MACÁRIO
Sim e não. Sempre e nunca.
O DESCONHECIDO
Fala claro.
MACÁRIO
Mais claro que o dia. Se chamas o amor a troca de duas temperaturas, o aperto de dois sexos, a convulsão de dois peitos que arquejam, o beijo de duas bocas que tremem, de duas vidas que se fundem tenho amado muito e sempre! Se chamas o amor o sentimento casto e poro que faz cismar o pensativo, que faz chorar o amante na relva onde passou a beleza, que adivinha o perfume dela na brisa, que pergunta às aves, à manhã, à noite, às harmonias da música, que melodia é mais doce que sua voz, e ao seu coração, que formosura há mais divina que a dela -- eu nunca amei. Ainda não achei uma mulher assim. Entre um charuto e uma chávena de café lembro-me às vezes de alguma forma divina, morena, branca, loira, de cabelos castanhos ou negros. Tenho-as visto que fazem empalidecer -- e meu peito parece sufocar meus lábios se gelam, minha mão se esfria..
Parece-me então que se aquela mulher que me faz estremecer assim soltasse sua roupa de veludo e me deixasse por os lábios sobre seu seio um momento, eu morreria num desmaio de prazer! Mas depois desta vem outra -- mais outra -- e o amor se desfaz numa saudade que se desfaz no esquecimento. Como eu te disse, nunca amei.
O DESCONHECIDO
Ter vinte anos e nunca ter amado! E para quando esperas o amor?
MACÁRIO
Não sei. Talvez eu ame quando estiver impotente!
O DESCONHECIDO
E o que exigirias para a mulher de teus amores?
MACÁRIO
Pouca coisa. Beleza, virgindade, inocência, amor
O DESCONHECIDO (irônico)
Mais nada?
MACÁRIO
Notai que por beleza indico um corpo bem feito, arredondado, setinoso, uma pele macia e rosada, um cabelo de seda-froixa e uns pés mimosos
O DESCONHECIDO
Quanto à virgindade?
MACÁRIO
Eu a quereria virgem na alma como no corpo. Quereria que ela nunca tivesse sentido a menor emoção por ninguém. Nem por um primo, nem por um irmão Que Deus a tivesse criado adormecida na alma até ver-me como aquelas princesas encantadas dos contos -- que uma fada adormecera por cem anos. Quereria que um anjo a cobrisse sempre com seu véu, e a banhasse todas as noites do seu óleo divino para guardá-la santa! Quereria que ela viesse criança transformar-se em mulher nos meus beijos.
O DESCONHECIDO
Muito bem, mancebo! E esperas essa mulher?
MACÁRI O
Quem sabe!
O DESCONHECIDO
E é no lodo da prostituição que hás-de encontrá-la?
MACÁRIO
Talvez! É no lodo do oceano que se encontram as pérolas
O DESCONHECIDO
Em mau lugar procuras a virgindade! É mais fácil achar uma pérola na casa de um joalheiro que no meio das areias do fundo do mar.
MACÁRIO
Quem sabe!..
O DESCONHECIDO
Duvidas pois?
MACÁRIO
Duvido sempre. Descreio às vezes. Parece-me que este mundo é um logro. O amor, a glória, a virgindade, tudo é uma ilusão.
O DESCONHECIDO
Tens razão: a virgindade é uma ilusão! Qual é mais virgem, aquela que é deflorada dormindo, ou a freira que ardente de lágrimas e desejos se revolve no seu catre, rompendo com as mãos sua roupa de morte, lendo algum romance impuro?
MACÁRIO
Tens razão: a virgindade da alma pode existir numa prostituta, e não existir numa virgem de corpo. -- Há flores sem perfume, e perfume sem flores. Mas eu não sou como os outros. Acho que uma taça vazia pouco vale, mas não beberia o melhor vinho numa xícara de barro.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Mais Surreal Impossivel.

Alguem Ja Leu Esse texto?
Se nao esta é uma otima oportunidade!!!!
ele esta incompleto aqui, mas vou colocando ele de pouco em pouco, pq é muita coisa!
ai, se tiver alguem afim de ensenar esse texto to dentraço hein!!!!

e adon, se tiver afim de escrever tao brizado quanto isso eu to dentro tambem hein!
AUshuahsuASh!!!

tudo nosso humilde camponez de guadalupe que habita as mais altas montanhas do norte finlandes!
ai se liga, le essa parada!
abraaaaaaaaaços maaaaaan!!!!

Macário.

PRIMEIRO EPISÓDIO
Numa estalagem da estrada
MACÁRIO (falando para fora)
Olá, mulher da venda! Ponham-me na sala uma garrafa de vinho, façam-me a cama e mandem-me ceia: palavra de honra que estou com fome! Dêem alguma ponta de charuto ao burro que está suado como um frade bêbado! Sobretudo não esqueçam o vinho!
UMA VOZ
Há aguardente unicamente, mas boa.
MACÁRIO
Aguardente! Pensas que sou algum jornaleiro?... Andar seis léguas e sentir-se com a goela seca. Ó mulher maldita! aposto que também não tens água?
A MULHER
E pura, senhor! Corre ali embaixo uma fonte que c limpa como o vidro e fria como uma noite de geada. (Saí) .
MACÁRIO
Eis ai o resultado das viagens. Um burro frouxo. uma garrafa vazia. (Tira uma garrafa do bolso). Conhaque! És um belo companheiro de viagem. És silencioso como um vigário em caminho, mas no silêncio que inspiras, como nas noites de luar, ergue-se às vezes um canto misterioso que enleva! Conhaque! Não te ama quem não te entende! não te amam essas bocas feminis acostumadas ao mel enjoado da vida, que não anseiam prazeres desconhecidos, sensações mais fortes! E eis-te aí vazia, minha garrafa! vazia como mulher bela que morreu! Hei de fazer-te uma nênia.
E não ter nem um gole de vinho! Quando não há o amor, há o vinho; quando não há o vinho, há o fumo; e quando não há amor, nem vinho, nem fumo, há o spleen. O spleen encarnado na sua forma mais lúgubre naquela velha taverneira repassada de aguardente que tresanda!
(Entra a mulher com uma bandeja).
A MULHER
Eis aqui a ceia.
MACÁRIO
Ceia! que diabo de comida verde é essa? Será algum feixe de capim? Leva para o burro.
A MULHER
São couves.
MACÁRIO
Leva para o burro.
A MULHER
É fritado em toicinho
MACÁRIO
Leva para o burro com todos os diabos!
(Atira-lhe o prato na cabeça. A mulher sai. Macário come).
UM DESCONHECIDO
(entrando)
Boa-noite, companheiro.
MACÁRIO (comendo)
Boa-noite
O DESCONHECIDO
Tendes um apetite!
MACÁRIO
Entendo-vos. Quereis comer? sentai-vos. Quereis conversar? esperai um pouco.
O DESCONHECIDO
Esperarei. (Senta-se).
MACÁRIO (comendo)
Parece-me que não é a primeira vez que vos encontro. Quando a noite caía, ao subir da garganta da serra
O DESCONHECIDO
Um vulto com um ponche vermelho e preto roçou a bota por vossa perna. . .
MACÁRIO
Tal e qual -- por sinal que era fria como o focinho de um cão.
O DESCONHECIDO
Era eu.
MACÁRIO
Há um lugar em que estende-se um vale cheio de grama. À direita corre uma torrente que corta a estrada pela frente. . Há uma ladeira mal calçada que se perde pelo mato...
O DESCONHECIDO
Aí encontrei-vos outra vez... A propósito, não bebeis ?
MACÁRIO
Pois não sabeis? Essa maldita mulher só tem aguardente; e eu que sou capaz de amar a mulher do povo como a filha da aristocracia, não posso beber o vinho do sertanejo...
O DESCONHECIDO
(Tira uma garrafa do bolso e derrama vinho no copo
de Macário).
Ah!
MACÁRIO
Vinho! (Bebe). À fé que é vinho de Madeira! À vossa saúde, cavalheiro!
O DESCONHECIDO
À vossa. ( Tocam os copos) .
MACÁRIO
Tendes as mãos tão frias!
O DESCONHECIDO
É da chuva. (Sacode o ponche). Vede: estou molhado até os ossos!
MACÁRIO
Agora acabei: conversemos ..
O DESCONHECIDO
Vistes-me duas vezes. Eu vos vi ainda outra vez. Era na serra, no alto da serra. A tarde caía, os vapores azulados do horizonte se escureciam. Um vento frio sacudia as folhas da montanha e vós contempláveis a tarde que caía. Além, nesse horizonte, o mar como uma linha azul orlada de escuma e de areia -- e no vale, como bando de gaivotas brancas sentadas num paul, a cidade que algumas horas antes tínheis deixado. Daí vossos olhares se recolhiam aos arvoredos que vos rodeavam, ao precipício cheio das flores azuladas e vermelhas das trepadeiras, às torrentes que mugiam no fundo do abismo, e defronte víeis aquela cachoeira imensa que espedaça suas águas amareladas, numa chuva de escuma, nos rochedos negros do seu leito. E olháveis tudo isso com um ar perfeitamente romântico. Sois poeta?
MACÁRIO
Enganai-vos. Minha mula estava cansada. Sentei-me ali para descansá-la. Esperei que o fresco da neblina a reforçasse. Nesse tempo divertia-me em atirar pedras no despenhadeiro e contar os saltos que davam.